sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Professores e alunos em tempos diferentes

Pai da teoria das inteligências múltiplas defende que as escolas não acompanharam a revolução tecnológica Publicado em 16/09/2009 Tatiana Duarte

Imagine entrar em um túnel do tempo e retornar um século. Entrar em uma sala de aula, encontrar um professor que fala um idioma diferente do seu, mas que mesmo assim o tenta ensinar, sem fazer muito esforço para ser entendido.
Essa ilustração sobre a falta de sintonia entre o estudante e o professor, cada um preso ao seu tempo, exemplifica a escola do século 21, na opinião do psicólogo e professor de psicologia da Universidade de Harvard, Howard Gardner, que esteve em Curitiba, no mês passado, em palestra na Universidade Positivo.
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Conheça a teoria do pesquisador Howard Gardner
Na opinião de Gardner, as escolas não acompanharam as principais revoluções dos últimos tempos, como a globalização, as transformações do cérebro, da genética e da mídia digital. “Hoje, provavelmente as crianças usam mais redes sociais na internet do que leem livros. É uma característica que tem de ser levada em conta pelo professor”, diz.
Considerado um dos mais importantes pesquisadores da criatividade, Gardner é conhecido como o pai da teoria das inteligências múltiplas, criada há 25 anos, que defende que o cérebro tem até oito tipos diferentes de inteligências.
O pesquisador defende que as avaliações em sala de aula devem ser feitas de maneiras diferentes, que contemplem cada uma das inteligências existentes e cita um modelo aplicado na Dinamarca, em que 50 jogos conseguem desempenhar esse papel. Como esse outro jeito de avaliar necessita de grandes investimentos, Gardner diz que uma boa solução é ir adiante com o estudante que está indo bem nos estudos. “No mundo todo desperdiçamos tempo demais testando as crianças”, diz ele.
Quanto ao Brasil, o pesquisador diz não conhecer suficientemente o sistema educacional para emitir uma análise. “Se o Brasil quer se empenhar mais com a educação no século 21, tem de se voltar para si. Não adianta importar modelos, mas olhar para o espelho”, afirma.
fonte gazeta do povo

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